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COLETIVO CAIS DO AGRESTE: MÚSICA E TEATRO DENTRO DA ARTE AUTORAL

  • Foto do escritor: ccaroaportal
    ccaroaportal
  • 18 de out. de 2022
  • 4 min de leitura

Atualizado: 21 de nov. de 2022


O coletivo de arte autoral nasceu de encontros musicais espontâneos


Por Fernanda Kemilly, Livia Rodrigues, Laís Barros, Nayara Nascimento e Sammy Carolina



Imagem/reprodução: Instagram (@caisdoagreste)


Fomentando a cena independente de Caruaru e o desenvolvimento artístico autoral no Agreste pernambucano, o Coletivo de Artistas Independentes (CAIS) é um grupo formado por artistas caruaruenses da música e do teatro. Atualmente, o CAIS é constituído por: Matheus Ferraz, Janduhy Nascimento e Everson Di Melo (compositores, cantores e músicos), Bianca Mota (compositora, cantora e musicista), Gabriella Lorena (atriz, intérprete e cantora), Gael Vila Nova (compositor, cantor, músico e poeta), Jackson Freire (compositor, cantor, ator e performer), Rosberg Adonay (compositor, cantor, ator, intérprete e poeta) e Kelly Moura (produtora). O coletivo, que segundo seus integrantes surgiu de uma forma espontânea e despretensiosa, passou por algumas fases para o seu surgimento, iniciando em 2020 com encontros informais na casa do integrante Everson Di Melo.


Inicialmente, diferentes pessoas participavam desses momentos de partilha musical. O CAIS tem essa simbologia para representar esses encontros, os barcos que chegam, partem e voltam. Com o tempo, o grupo que permaneceu se encontrando é o que hoje forma o CAIS. Após essas trocas, os artistas viram a necessidade de “colocar isso pra fora'' e, em meio a pandemia, surge o Respirarte, primeira ideia de nome para o coletivo.


“A gente inventou o nome, pensou no nome de fato no dia de ir para a rádio de Victor Hugo, no programa Circuito Alternativo, da Caruaru FM. No dia, a gente não tinha nada definido, então pensamos e levamos Respirarte”, diz Everson Di Melo.


Passando por suas primeiras fases, se consolidam como CAIS, que teve como seu primeiro compromisso profissional o espetáculo Pedaço de Tempo. A apresentação, que reunia música, teatro e poesia, aconteceu no Teatro João Lyra Filho em outubro de 2021. Em entrevista, Jackson Freire conta um pouco de como foi o nascimento do CAIS e do espetáculo:

“ O Pedaço de Tempo nasceu da troca de amizade da gente. As cenas foram surgindo e, hoje em dia, é cênico. Conseguimos transformar em cênico o que a gente vivia nos encontros, no final de semana na Serra dos Cavalos porque também foi um momento que a gente ficou viciado um no outro. Começou o Cais e a gente ficou viciado. Um ia para a feira e quando via estava o Cais todinho na feira para comer pastel e tomar cerveja”, comenta Jackson Freire.


Para os integrantes, além de o coletivo ser um meio de contribuir com a carreira de cada um, seja atingindo os diferentes públicos, promovendo mais visibilidade ou até na troca de conhecimentos técnicos, ele é também uma forma de crescerem como artistas a partir dessa amizade. A conexão entre teatro e música, por exemplo, evidencia essa mutualidade entre a equipe. “A música conduz, mas tem muita movimentação. Jackson e Berg são fundamentais nisso”, explica Matheus Ferraz. O cantor menciona que, mesmo já atuando profissionalmente na música há mais tempo que alguns dos integrantes, tem aprendido com essa troca de experiências.



Além disso, Bianca Mota conta como se sente recebida pelo público. “Para mim, foi doideira conseguir lotar o teatro no primeiro espetáculo que a gente fez”. Ela, que também já trabalha há alguns anos com música, explica que a visibilidade que o coletivo permite é significante, principalmente por ter se lançado virtualmente e ser 100% autoral. Por terem surgido numa época incomum, na pandemia, as redes sociais foram catalisadoras para divulgação do projeto e dos integrantes do Cais.


A importância do coletivo na comunidade de artistas autorais vem da possibilidade de demonstrar que a individualidade de cada artista agrega para que cada público solo possa conhecer o restante do movimento. "Eu acho que o coletivo vem muito com isso, com essa ideia de se mostrar e o artista enquanto apoiador do trabalho do outro", declara Bianca.


O público que consome arte autoral, de acordo com Gael Vila Nova, é significativo. No entanto, a falta de políticas públicas é o grande desafio para se produzir e permitir mais alcance de público. “Com o Governo atual, é bem mais difícil, mas isso também não é uma coisa só do Governo Federal. A gente vê essa dificuldade dos órgãos públicos municipais também”, pontua o compositor. Essa falta de recursos, que limita a cultura, dificulta o crescimento dos artistas e o coletivo é também, para ele, uma tentativa de combater isso.


Para o artista Everson, a arte deve ser difundida como uma profissão. Ele diz que gosta de estimular as pessoas a verem a arte, seja ela na composição de músicas ou não, como uma profissão igual a qualquer outra área. O estímulo em continuar na cena independente não é somente para fora, atingindo outros artistas e formação de novos coletivos. Para o artista Gael Vila Nova, o incentivo é também para dentro dos próprios integrantes do CAIS.


Sobre o futuro do coletivo, os artistas revelam que têm projetos juntos, como a apresentação realizada na Patativa, singles em parceria com outros artistas e comemorando um ano de espetáculo, uma nova apresentação do Pedaço de Tempo. Em paralelo a isso, muitas novidades nas carreiras solo dos artistas, como o lançamento recente do livro Os Poemas que Não Foram Cantados, de Gael Vila Nova, agora em outubro.



Foto: Fernanda Kemilly


Integrantes do Cais

Para conferir um pouco mais sobre o Coletivo e os trabalhos individuais de cada integrante, acesse o perfil oficial do Instagram do CAIS do Agreste. Nele você encontra conteúdos sobre shows e apresentações, além de ficar atualizado sobre os projetos dos artistas dentro do cenário da música autoral.



E para acompanhar o dia a dia dos artistas que participam desse coletivo através de seus perfis pessoais:


Bianca Mota - @biancafmota

Everson Melo - @eversonmelo

Gael Vila Nova - @gael.vilanova

Rosberg Adonay - @rosbergadonay

Jackson Freire - @eujacksonfreire

Matheus Ferraz - @matheusferraz95

Gabriela Lorena - @bebellaa___

Janduhy Nascimento - @janduhy_nascimento


Kelly Moura - @kellyndamoura






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Contato:
c.caroaportal@gmail.com

 

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